Dibson Nasser foi lançado na política pelo pai, o veterano vereador Dickson Nasser¹, eleito 6 vezes vereador em Natal e fiel aliado de Rogério Marinho (PSDB). Tanto é que o acompanhou quando este foi preterido quando da opção de Wilma por Fátima Bezerra. Marinho passou, num piscar de olhos, do PSB, base de apoio ao governo Lula, ao PSDB, principal opositor do governo Lula. Muita coerência. Dickson fez que ia mas não foi, embora se mantivesse fiél ao seu tutor. Tornou-se "independente" dentro do PSB.
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| Dibson : comprou votos? |
Apoiado no tradicional esquema das oligarquias, Dibson foi à luta em 2010, auxiliado pela máquina do governo, logo tornou-se conhecido nos rincões do RN e conquistou expressivos 41.883 votos. E o que há de estranho nisso? Para os padrões do RN absolutamente nada, já que Dickson Nasser era, em 2010, presidente da Câmara de Vereadores de Natal, filiado ao PSB que apoiava a candidatura do então governador Iberê Ferreira de Sousa do...PSB. E para que Dickson fez campanha? Para seu filho, do PSDB, que apoiava Rosalba Ciarlini Rosado do DEM!
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| Dickson : condenado pela Operação Impacto |
Bem, o veterano apoiador de Rogério Marinho resolveu, então, colocar seus rebentos em dois lugares estratégicos : a Assembléia Legislativa e a Câmara Municipal de Natal. Dibson já estava na Assembléia. Dickson lançou então sua prole mais nova, Dickson Nasser Júnior (PSDB).
Dizem os intrigantes que Dickson pai resolveu lançar Júnior devido ao fato de ter sido incluido na Operação Impacto, movida pelo Ministério Público, que lhe rendeu uma condenação de corrupção passiva. Deve-se, entretanto condenar tamanha infâmia. Deixemos no fértil terreno da coincidência.
Ao mesmo tempo Dibson foi alvo de um processo de impugnação de sua eleição. Motivo ? Abuso de poder econômico. Como? Contratação de pessoal, pela Câmara de Vereadores de Natal, para prover recursos ao então candidato. Outra coincidência.
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| Dickson Júnior : herdeiro do pai condenado e do irmão cassado. |
Dibson foi cassado pelo TRE-RN, que ainda lhe tirou os direitos políticos por três anos.E ele recorreu, recorreu, recorreu e recorreu. E em nada deu. Ontem, 17, o TSE negou a liminar pedida pelos advogados do rebento de Dickson e agora o presidente da Assembléia Legislativa do RN, Ricardo Motta (PMN), que vinha esperando, sabe-se lá o que, para chamar o suplente para assumir.
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| Adécio : retorno do velho agripinista |
Mas nada de festas e nem foguetões, já que quem vai assumir é um membro das oligarquias e fiél caudatário de José Agripino. Trata-se do atual presidente da CEASA-RN, José Adécio. Troca-se seis por meia dúzia.
Assim é o RN, movido a um caldo cultural mal-cheiroso, em que as famílias se apoderam do Estado e privatizam, para elas é claro, o espaço público.
¹ Entrou para a política em 1982, pelo extinto
Partido Democrático Social (PDS), o herdeiro da ARENA, o partido que dera
sustentação ao regime militar.Foi eleito pela primeira vez em 1989 pelo Partido
da Frente Liberal (PFL), uma cisão do PDS e em 2001 foi para o Partido
Progressista (PP), malufista. Depois aderiu ao “wilmismo” e ingressou no PSB.
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