segunda-feira, 29 de abril de 2013

ELEIÇÕES DE 2014 NO RN : AS CARTAS COMEÇAM A SEREM REVELADAS



As cartas para a mesa eleitoral de 2014 começam a ser colocadas pelos clãs, já antevendo uma disputa eleitoral entre o DEM e o PMDB. Nada de novo no front. São as duas principais forças políticas que controlam o executivo, o legislativo, o judiciário, a comunicação, as rinhas de galo, as disputas de dama e os antigos jogos de “totó” (alguém lembra?). 

Os clãs unidos. Unidos?
A encenação, que começou em 1978 com a desprezível “paz pública”, já tem seus ingredientes, qual seja o rompimento do PMDB com o DEM e as inevitáveis recomposições posteriores. O discurso de sempre, qual seja, "sem radicalismos", "acima dos interesses partidários", "em nome do RN", será novamente entoado e provavelmente introjetado nas chamadas "massas" populares, nas camadas médias e com o cinismo tradicional da elite local.

O governo Rosalba Ciarlini, cuja face se expressa na calamitosa situação vista em vários setores, tem algo que é mágico nas eleições: a caneta. Nesse aspecto, embora muito criticada, é fato que não se pode desconsiderar que no Alto Oeste e em diversas regiões do estado, o poder dos clãs Rosado e Maia são incontestáveis, afinal o líder maior do DEM, o iracundo José Agripino Maia, mantém sua liderança incólume, além de dispor de um sistema de comunicação que o bajula diariamente, o que na nossa política é fonte de poder. 

Henrique Alves : em nome do poder?
O ministro da Previdência, Garibaldi Alves, herdeiro de Aluízio, deu um passo adiante e insinuou que, diante da crise aberta em fins do ano passado com o governo do clã Rosado, “acredita” que o melhor nome para governar o falido RN é o de Henrique Alves, o presidente da Câmara de Deputados. Henrique, que sem dúvida viu sua força política crescer depois da sua eleição à presidência da Câmara, o que lhe permitiu atuar com desenvoltura nas nossas paragens, quase que como um governador, sem ser, tornou-se um nome que não pode ser desconsiderado.

Wilma e Robinson : quem vai com quem?
O vice-governador, Robinson Faria (PSD), auto lançado candidato a governador, é outro que já colocou seu nome para que a sociedade potiguar emule sua postura. Robinson, que apoia Carlos Eduardo Alves (PDT), tem a esperança de que o bloco no poder em Natal, formado por Carlos e Wilma de Faria (PSB), banquem sua candidatura, o que acho pouco provável. Mas na política potiguar a palavra “certeza” tem vários significados, entre eles o de não se dar certeza sobre nada.

Amanda Gurgel : gritos em nome do apocalipse revolucionário
A vereadora Amanda Gurgel (PSTU), tem sido ventilada para ser a candidata dos apóstolos da revolução, mas como se sabe, na extrema-esquerda só há unidade na gritaria, é esperar pra ver. O sonho dos extremistas, mais do que a eleição em si, é “educar a massa revolucionária” e com os gritos e o pedantismo obscurantista desses “senhores da revolução”, pode-se esperar, inclusive, que a aliança brancaleônica entre o PSTU e o PSOL se desfaça durante o processo eleitoral.

Miguel Mossoró de volta? O circo da folia pede passagem
Não podemos esquecer, é claro do nobre Miguel Mossoró, capo do Partido Trabalhista Cristão (PTC) e que em eleições passadas prometeu construir uma ponte ligando Natal a Fernando de Noronha. O vetusto e folclórico dirigente se diz “traído” pelo chefe do clã Rosado, Carlos Augusto, que prometera cargos para o PTC e. nada. Mossoró já diz a quem queira ouvir, que o PTC deverá lançar candidato próprio em 2014. Deverá abalar as esquinas de Natal, com a risadagem das suas proposições.

Fátima seria a candidatura que uniria a Esquerda?
A esquerda, esse agrupamento que tem flertado com os clãs em todas as eleições desde a década de 90, tem como nome forte a deputada federal Fátima Bezerra (PT) que sonha com o apoio do PMDB, embora reproduzir os clãs nunca tenha sido política de esquerda, pelo menos até onde esse escriba pouco inteligente tenha percebido. PT e PCdoB, que teimam em não construir uma Esquerda Unida, com programa único, parecem se preparar para as tradicionais combinações eleitorais, somando as possibilidades de votos para ver se mantém ou aumentam (sic) suas participações no parlamento federal e estadual.

Que comece o jogo!

Um comentário:

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