Nossa patética Câmara
Municipal de Vereadores de Natal apresentou esta semana mais uma cena típica de
comédia pastelão. De um lado os honoráveis vereadores de sempre. Sempre a favor
de qualquer governo que lhes dê cargos, sempre com posicionamentos estranhos,
sempre ao lado dos empresários e sempre eleitos. Do outro a não menos circense
Amanda Gurgel, cujos gritos devem ser ouvidos por Trotsky, mentor do Exército do
Final dos Tempos (PSTU), nas profundezas do inferno, se é que existe tal lugar.
Gritaria prá lá e prá
cá, processo prá lá e prá cá, em cenas hilárias de bate-boca ao vivo e a cores.
A vestal Amanda, que antes flertava abertamente com o não menos radicalóide
Movimento Passe Livre (MPL) e agora foge dele como o Diabo foge da cruz, acusou
nada menos de doze vereadores de fazer parte da “bancada do SETURN”, aquela que
assina embaixo das “ordens” emanadas desse sindicato patronal, devido ao fato
de que os doze citados endossaram um projeto de lei que faz com que o SETURN
passe a vender o vale-transporte.
Aroldo Alves (PSDB),
Eudiane Macedo (Solidariedade) e Adão Eridan(PR) entraram com processos contra
a nobre e estridente vestal no Conselho de Ética, cujo presidente é o afável
Bertone Marinho, aquele cujos discursos monótonos poderiam servir como remédios
para quem tem insônia.
Em outro bate-boca,
não menos deselegante, Sandro Pimentel (PSOL) foi chamado de menitroso por Adão
Eridan (PR) e o processou e o irascível Adão aproveitou e também processo
Sandro.
E assim a Câmara
Municipal, que esse anos já foi invadida, depredada, pichada e ocupada, vive
seu dia a dia de mediocridades. Mas não devemos nos esquecer que as pessoas que
estão ocupando as cadeiras daquela casa não estão lá por obra e graça do
espírito santo, mas sim pelo voto.
Não vi em nenhuma
dessas recentes manifestações a defesa radical de uma reforma política, que
mude o processo eleitoral e dê mais oportunidades que seja exercida a
representação. O pedantismo revolucionário do Exército do Final dos Tempos
(PSTU) e da Vanguarda do Atraso (PSOL), o anarco-niilismo dos adoradores do
ódio, que parecem ir ao orgasmo revolucionário ao invadir prédios, depredar o “patrimônio
burguês” e tratar com ódio seus divergentes, já instalou o palavrório como arma
política.
Por outro lado a “eternização”
dos vereadores que sempre estiveram ao lado dos governos e dos empresários, não
faz avançar em nada a cidade, arrasada pela “borboleta furacão” e agora
governada, aos trancos e barrancos por Carlos Eduardo (PDT).
Com certeza os
catiripapos e as pataquadas continuarão a acontecer entre os “vestais”
vermelhos e os mesmos de sempre.
Quem sabe um dia a
Câmara passe a ser um local onde a Política seja bem maior que a “política”.
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