sexta-feira, 30 de agosto de 2013

ROMPIMENTO DO PMDB COM O DEM : A DANÇA DOS VAMPIROS

A “política” do RN recebeu a notícia de que começará em breve o teatro dos clãs, com o pomposo anúncio do rompimento entre o PMDB, que já fizera o “grande favor” a Natal ao bancar o governo pestilento da borboleta, e que se acoplara ao governo dos Rosado como um carrapato fisiológico que efetivamente é, agora se anuncia, com direito a trompetes e bumbos, que essa “parceria” acabou.
Os blogs e as redes sociais já deitaram falação sobre esse “inédito” acontecimento na nossa história e agora cabe aos mortais abobalhados e idiotas, esperar a unção dos clãs ao escolherem, nas suas conchas, o futuro governador do nosso falido estado.
Desde 1935, quando Rafael Fernandes foi feito interventor e reinou durante oito anos, o RN vive preso nas garras desses vampiros, quer diretamente, quer indiretamente. O RN saído do primeiro período Vargas, em 1945, já estava condenado a ser governado por clãs, dos Rosado, dos Maia e dos Alves. É uma dança macabra, em que os rituais se repetem aos olhos de uma sociedade que vive nas trevas da ignorância, dominada pelos meios de comunicação que se esforçam em dar aos seus chefes um arremedo de culto à personalidade e por uma esquerda mequetrefe, esquálida e que envergonhadamente alimenta esses gordos vermes com as tais “alianças necessárias”.
O descaramento dos clãs deveria ser revoltante tal é a desfaçatez. Não se preocupam em disfarçar os acordos espúrios, com gracejos tipo “para o bem do RN”, ou com falaciosos “para acabar com os radicalismos”, como se a população realmente participasse das suas festas dionisíacas nas fartas e patéticas distribuições de cargos.
O teatro do absurdo vai ter no seu primeiro ato, o rompimento do clã Alves com o clã Rosado, cada com seus queixumes e seus discursos preparados nas cabeceiras da Casa Grande. Em seguida veremos os chefetes de clãs locais, em longas e modorrentas filas, indo se agregar a um e a outro clã maior, em troca de benesses e de favores pessoais, tais como “encaixar” seus parentes e aderentes no botim estatal.
Finalmente a população, cega, surda e muda por anos e anos de dominação, verá os “anjos” ungidos nas suas famílias, descerem às nossas vidas e surgirem como aqueles que “renovarão” o RN com ”muito trabalho e esforço”. E nós, servos dos senhores da ignorância, bateremos palmas e nos lançaremos, em ondas, nos comícios interioranos ou nas caminhadas urbanas, para votarmos nos seus lacaios, bajuladores, filhos, parentes e aderentes.
Com uma sociedade dependente do setor público, atrasada, com as forças produtivas de baixa dinamicidade e vivendo na plateia, os atores dessa peça maldita chamada “politicanalhice do RN” nos levará a mais quatro anos de trevas e de escuridão. Continuaremos a ser o gado que docilmente caminha para o abate da cidadania e só quando a POLÍTICA substituir a “politicanalhice” sairemos dessa prisão.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

O CHAFURDO DAS CORPORAÇÕES DE OFÍCIO DO SÉCULO XXI : VIVA A MORTE!



A guerra nada santa promovida pelas corporações de ofício do século XXI contra o programa Mais Médicos, e agora a xenofobia corporativa contra a chegada dos médicos vindos de Cuba, mostra a face anacrônica de uma corporação que se firma na defesa de um pensamento que nem a lógica freudiana explicaria. Ser contra um profissional que vai trabalhar num lugar que ele não quer ir.
Desde o anúncio desse programa, que as corporações, movidas por uma visão tosca de vergonhosa e clara “reserva de mercado”, levantaram as espadas e iniciaram uma feroz batalha contra o Programa e a vinda dos médicos estrangeiros.
A Federação Nacional dos Médicos (FENAM), talvez movida por um “surto abolicionista” e “muito preocupada” com os “coitados” dos médicos cubanos, os mesmos que algumas belas e inúteis patricinhas de jaleco branco vaiaram, em Fortaleza, pediram à Procuradoria-Geral do Trabalho, que parece não ter o que fazer, a investigação da relação de trabalho dos profissionais que atuarão pelo Mais Médicos[1].
Essa mesma corporação entrou junto com a “conhecidíssima” Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU), com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para revogar a medida provisória que criou o programa. Estão juntando os penduricalhos sindicais e associativos para formar uma frente contra o Mais Médicos.
Geraldo Ferreira : pedantismo e sandice abolicionista.
O presidente da FENAM, Geraldo Ferreira Filho, assumindo sua “liderança” contra o governo, afirmou que “hoje, o único grupo organizado que enfrenta o governo é o dos médicos. E o governo passou a nos ver como os inimigos, seus adversários”, como estivéssemos em alguma guerra civil e que o Exército do Jaleco Branco fosse nossa redenção.  Segundo ele, o país vive sua pior campanha política contra um grupo de profissionais. “O que importa é que a cidade que não tem médico deve sim ter um médico. Mas um médico, não um curandeiro, um médico improvisado ou o trabalho escravo.” [2], demonstrando um “alto” conhecimento sobre normas internacionais e um “profundo” conhecimento sobre o histórico dos médicos e da própria medicina cubana.
A Associação Médica Brasileira (AMB) foi mais além, ao criticar duramente o programa, ao afirmar que "Trata-se de nítida manobra político-eleitoral, uma vez que se aproveita do clamor público oriundo das ruas para impor uma medida inócua e populista, que não enfrenta os reais problemas do sistema público de saúde", disse a AMB em documento divulgado na sexta passada (23).
Finalmente os abolicionistas do Conselho Federal de Medicina (CFM), depois de serem os mais radicais na oposição ao Programa e à vinda dos médicos estrangeiros, vieram a público dizer que são contra “atos de xenofobia”, ao mesmo tempo em que mantiveram o discurso típico dos reacionários anti-cubanos e a tese maluca de que os médicos cubanos são “escravos”[3].
Aos olhos atônitos da população e longe, mas bem longe dos pobres das periferias e dos rincões que serão beneficiados por esses “escravos”, os ensandecidos dirigentes dessas corporações parecem inebriados pelo seu elitismo estilo senzala, pelo pedantismo “doutores o” e por uma escancarada defesa do status quo da saúde, ou seja, danem-se os pobres e viva meu espaço!
Essa batalha, que está apenas começando e que promete ser recheada de novas e lamentáveis ações e atitudes, já tem um perdedor: a categoria médica. Tão importante para a população, essa categoria, mergulha nos sonhos delirantes dos seus líderes e está conseguindo atrair a antipatia de vários segmentos da sociedade.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

O RN DO "PARA FAZER ACONTECER" REVELA-SE "TECNICAMENTE FALIDO" : A REALIDADE VENCE A FANTASIA.




O nobre secretário de Planejamento e Finanças do Rio Grande do Norte, Obery Rodrigues, em entrevista ao Jornal de Hoje do dia 31 próximo passado[1], abriu o jogo e revelou o que não precisava ser revelado : Sumus deficiet![2].
Secretário Obery : o RN está "tecnicamente falido".
Com o RN politicamente atrasado, nós agora podemos nos juntar ao clube dos falidos, já que o secretário falou “falência técnica”, fruto, obviamente, não da incompetência pública dessa gestão, mas da diminuição dos recursos oriundos do Fundo de Participação do Estado (FPE) e da perda de robustez fiscal do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Trocando em miúdos : a culpa é dos outros.
A “frustração de receita”, uma frase criada pelo nobre secretário para tentar explicar a derrota fiscal desse governo, somou-se ao fato de que o governo percebeu que somos um “estado pobre”, uma percepção quase que surreal, visto que o RN está na UTI da economia já há algum tempo.
Olhando para o começo do ano (fevereiro), quando a gestora, em discurso na Assembleia Legislativa, ladeada pelos tradicionais puxa-sacos, disse que o estado estava "superando dificuldades"[3], vencendo a “descrença” e a impaciência, percebemos que, ou somos um bando de idiotas desinformados e incapazes de ver a realidade, ou o governo tem como marca, a falácia escancarada.
Nós, mortais desmemoriados, decerto esquecemos que a gestora do clã Rosado, disse em alto e bom som:
“O Governo está governando, o trabalho está sendo feito, os resultados estão aparecendo e vão aparecer sempre mais, dando às pessoas a oportunidade de julgar com equilíbrio o nosso desempenho, Não temos medo desse julgamento, porque estamos do lado da verdade e da correção. Não escondemos os problemas, não minimizamos as dificuldades nem subestimamos os desafios que temos de enfrentar” (Ciarlini, 2013).
"Para fazer acontecer" ou "tecnicamente falido"?
Governado pela aliança DEM-PMDB e pelos clãs satélites, o RN mergulhou na sua mais espetacular crise econômica e financeira, expondo de vez as feridas de um sistema apodrecido e fétido, cujos pilares são formados por uma população que vive sob a força de um estado corrompido, inepto e patrimonialista, um sistema político necrosado e uma economia debilitada, cujas bases estruturais mal se sustentam.



Por Wellington Duarte. Tecnologia do Blogger.

Tema Original do WordPress. Adaptado por Lissiany Oliveira.