sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

SUPERÁVIT PRIMÁRIO E A ABERRAÇÃO DA DISCUSSÃO DA ECONOMIA E DA POLÍTICA EM TEMPOS DE FÚRIA REACIONÁRIA.



A grotesca cena em que um segurança da Câmara de Deputados, dá uma gravata numa “adorável velhinha” que, ao que tudo indica, estava fazendo crochê enquanto se desenrola a batalha campal entre a oposição e o governo, sobre a aprovação de uma Lei que autorizava o governo a diminuir o Superávit Primário, um termo elegante e, ao mesmo tempo, obscuro para a esmagadora maioria dos brasileiros, foi mostrada intensamente pela mídia nacional.
A "adorável" velhinha que vive sonhando com os gorilas fardados e é tiete de Aécio Neves : a "vovó fascista".
 A imprensa, na sua esmagadora maioria, surtou com a proposta do Governo que, para os vestais fiscalistas, seria simplesmente o fim de toda e qualquer oportunidade que o Governo teria em melhorar a situação do país. Os articulistas que fedem a mofo, como Reinaldo Azevêdo, aquele patético articulista do Esgoto-Veja, escreveram vociferações contra Dilma, pedindo o impeachment; enquanto um demente reacionário chamado Olavo de Carvalho, cuspia ódio nas redes sociais contra Dilma, o Governo e o falo da extrema-direita: o PT.
Aécio Neves, que andava desaparecido, voltou à cena e assumiu o papel da oposição venezuelana, que vive tentando depor os governantes eleitos. Falou sobre “organização criminosa” e na “batalha do Superávit” urrava mais do que torcedor do Coríntians quando seu time faz um gol. Todos contra Dilma, desde as “milícias digitais” que esculhambam a presidente com impropérios que faria a “velhinha do Superávit” apertar seu crucifixo de tanta vergonha; passando pelo Lo(uco)bão, que sem renda de seus (in)sucessos recentes, tá fazendo o papel de “papagaio dos fascistas”; chegando às antas televisivas, que despejam ilações absurdas, ajudada por economistas de meia tigela que não tem nenhum receio em fazer comentários mentirosos nas emissoras de televisão.
O Brasil já vem diminuindo o tal do Superávit Primário desde 2012, de forma acertada, por que esse Superávit Primário é a mais escancarada expressão do poder do mercado financeiro dentro de um país, visto que foi uma IMPOSIÇÃO do Fundo Monetário internacional (FMI), feita em 1998, ano em que muitos festejam a estabilidade do Plano Real, embora nesse ano o Brasil estivesse tão enfraquecido que a reeleição de FHC teve que ser comprada descaradamente e o “doutor” fez carreira e foi pedir dinheiro ao FMI, que fez suas tradicionais exigências, entre elas, a criação de um instrumento que OBRIGASSE os governos a reservarem parte de sua arrecadação para o PAGAMENTO DOS JUROS DA DÍVIDA PÚBLICA.
Desse acordo nasceu a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), promulgado em 2000, não cumprido por FHC e deixado como uma “coisa boa” prá Lula que continuou a obedecer às bases do acordo de 1998, graças ao neoliberal petista Antonio Palocci. É bom que se diga que a LRF, nas suas intenções é positiva quanto à questão da gestão dos agentes governamentais, mas sua essência é FINANCEIRA, não tendo NADA a ver com a preocupação com DESENVOLVIMENTO.
O pior é que a mídia MENTE sobre a questão, induzindo o espectador a pensar que só no Brasil é que o governo descumpre o Superávit Primário, o que é uma MENTIRA escabrosa, pois a esmagadora dos países mais desenvolvidos NÃO CUMPRE SUAS METAS FISCAIS, e nem por isso vemos parlamentares e velhinhas fascistas se engalfinhando com agentes de segurança da Câmara para protestar contra o não cumprimento das metas fiscais. Seria ridículo se não fosse trágico. Os EUA, por exemplo, tiveram um DÉFICIT PRIMÁRIO de 7,8% ano passado e nem por isso vimos a Globo anunciar a hecatombe no país de Benjamim Franklin.
Com uma Comunicação INEXISTENTE, o Governo não tem tido competência para enfrentar o debate, preferindo agir como se fosse culpado de ter optado por fazer investimentos do que pagara juros, algo pedido pelas esquerdas desde a década de 80 e que as centrais sindicais almejam o tempo todo.
Não se trata de estabelecer a anarquia fiscal, como dizem os apóstolos do caos, mas de, em um momento de crise, ter a coragem de optar pelos que não vivem do parasitismo financeiro.
O Governo fez bem, mas a “vovozinha fascista”, Lo(uco)bão, Aécio “turista” Neves e o exército de articulistas fascistas, fazem barulho e merecem uma semi-idolatria da mídia que não tem vergonha de sonegar impostos e nem de mentir descaradamente aos seus espectadores.
A guerra continua.

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