sábado, 27 de setembro de 2014

A DANAÇÃO DO VOTO E A MORTE DA POLÍTICA NO RN



A uma semana das eleições, o Rio Grande do Norte vive na expectativa de mais um processo eleitoral. Enquanto nossos açudes secam; nossa segurança é uma piada; nossa saúde é uma tragédia; nossa educação uma catástrofe; e nossos governantes são um grande nada, os comícios, passeatas, tapinhas nas costas, carreatas enfadonhas e os malditos carros de som, formam um mosaico cujos afrescos estão sujos com a poeira do atraso político e econômico.
O Rio Grande do Norte, essa grande fazenda governada desde 1889, ano em que o marechal Deodoro da Fonseca proclamou a República, por famílias poderosas e auxiliadas por um pequeno exército de clãs locais, que mudam de lado conforme seus interesses auto reprodutores, vai as urnas para eleger seu governador, um senador, oito deputados federais e vinte e quatro deputados estaduais, além de colaborar para eleger o presidente da República.
De Pedro Velho aos nossos dias : a eternização dos clãs
 E vivemos num mundo contraditório, onde vestais e corruptos trocam de posições de acordo com seus interesses; onde os discursos se revelam tão intensos quanto ocos; onde a decadência política faz com que tenhamos que presenciar o batismo de novos filhotes de mini-clãs, emergindo como novos e os velhos servos dos eternos coronéis com a mesma enfadonha ladainha.
Em um ambiente em que o atraso econômico é visível, sua expressão política não podia ser diferente. Se olharmos o passado certamente encontraremos esses nomes que hoje pululam nas telinhas e nos meios de comunicação e isso pode causar vergonha e espanto. Estamos em 2014 e reproduzimos as elites que se alimentam do doce leite que vem das mamas ressequidas do nosso estado desde que D. Pedro II inaugurou um sistema em que a troca de favores era o motor da política. As elites vampirescas se refestelam num banquete em que o prato principal é o eleitor.
Eleitor do RN : condenados pela omissão?
 Podemos, se a maldição dos clãs continuar a nos atingir, ter um senado com três representantes das elites carcomidas; uma representação na Câmara que mais parece indicação de nomes dos nossos senhores; e uma Assembleia Legislativa que os chefetes de clãs e os seus filhotes poderão ficar brincando de fazer política por mais quatro anos, enquanto nosso estado vegeta.
O espaço de manobra é curto, mas quem sabe um sopro de ar menos intoxicado comece a se fazer sentir e comecemos a construir a nossa saída essa cela. A saída do nosso atraso não virá de santos, nem de líderes miraculosos. Não virá de “milagreiros” vestidos de esquerdistas e que ficam esbravejando contra o sistema, escanchado nos seus empregos estáveis. Não sairá do ventre dos que se proclamam honestos e servem aos clãs e nem dos céus ou inferno.
A saída da cela será por obra do voto e teremos que começar a escorraçar essa matilha peçonhenta com mais democracia, mais progresso social, mas educação e mais desenvolvimento.
Só a política salva e é preciso resgatá-la!

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

QUAL É O PARTIDO MAIS CORRUPTO DO BRASIL ? ENTRE O REAL E O "REAL FABRICADO"



Se há uma palavra que tem navegado pela boca do povo e pelas redes sociais nos últimos tempos, e a palavra ‘corrupção’. Vinda do latim corruptus, que significa "quebrado em pedaços", sendo que o verbo ‘corromper’ significa ‘torna-se podre’, essa palavrinha provoca orgasmos em certos segmentos da população. 

E pelo que se percebe estamos num país dividido entre os que se vestem de branco e estão maculados contra “o outro lado”, formado por demônios corrompidos e vestidos com trapos sujos e mau cheirosos.
 
Vestais brasileiros : enviados da Justiça
Essa imagem apocalíptica da sociedade brasileira vem sendo disseminada pelos vestais das redes sociais e por uma mídia que, enquanto sonega impostos, noticia atos de corrupção em seus noticiários, dando a impressão de que o Estado é o “grande Satã”, uma forma dissimulada de defender a redução do Estado e, por conseguinte, de favorecer às ideias liberais, expressas no limite, nas palavras do pastor Everaldo (PSC) que, a julgar por elas, pretende privatizar a terra, o Céu e, se brincar, o Inferno.

E quem mais sofre com essa disseminação da palavrinha mágica, que esconde toda uma série de deformações do sistema, é o Partido dos Trabalhadores (PT). O PT, que comanda uma coalizão que vai da direita à esquerda, desde 2003, tem sido alvo, desde o primeiro dia em que Lula colocou os pés no palácio da Alvorada, de instalar uma quadrilha para surrupiar as riquezas do país.
 
Campanha difamatória nas redes sociais : a danação de um partido
Talvez campanha mais difamatória só ocorreria se caso o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) chegasse a eleger o presidente da República, visto que há algum tempo uma TAPIOCA comida pelo ministro do Esporte, Orlando Miranda e pago indevidamente num cartão corporativo, e depois ressarcido, coisa de R$ 5, quase infarta os vestais de plantão.

O PT é execrado, difamado, apedrejado, esculhambado, defenestrado e odiado. Surtos de ódio são vistos a todo momento e invariavelmente próceres da oposição vem à público para brada sobre a “roubalheira” promovida pelo PT. Sem nenhum pudor, líderes do Democratas (DEM), o mesmo PFL que nasceu do ventre do finado PDS, que era a ARENA; do PSDB, que nasceu social-democrata e adorou o ideário neoliberal; do PPS, o sucessor do PCB e que transformou-se numa “coisa estranha” pois apregoa o neoliberalismo enquanto mantém o epíteto “socialista” em seu nome; e de vários outros partidos, incluindo o PMDB, partido que se apega ao poder como um carrapato às carnes macias das suas vítimas, se arvoram "protetores da nação corrompida pelo PT".

Mas, quem é mesmo o “partido dos corruptos”? Que partido poderia ser taxado como tal? O Movimento de Combate à Corrupção (MCC) publicou, em 2009, um dossiê chamado “Políticos Cassados por Corrupção Eleitoral” em que DEM, PSDB e PMDB responderam, à época, por 57,0% das cassações por corrupção eleitoral e se juntarmos à essa conta o PTB e o PPS, chega-se a 68,0% dos casos.

Sintomático também foi que nas eleições desse ano da graça de 2014, os Tribunais Regionais Eleitorais (TER’s) tinham barrado, até agosto de 2014, 317 candidatos, com base na Lei da Ficha Limpa, e o PSDB teve 56 candidaturas barradas, vindo em seguida o PMDB, com 49 candidaturas barradas, ou seja, 33,1% dos “barrados no baile” são desses dois partidos, o que desqualifica quaisquer acusação contra o PT.

A tríade dos partido mais corruptos : 68% dos casos de políticos cassados

 Sintomático é que os vestais que advogam “protetores da sociedade” e sonham em fulminar o PT, se refugiam nessas agremiações ou apoiam candidaturas que tem um histórico nada “moralizante”, o que indica que o discurso, na verdade, é uma peça de teatro em que o que realmente está por trás é o ódio de classe, já que, em tese, o PT representa uma constante ameaça aos que vivem pendurados nas tetas do governo há gerações.

Obviamente que em nenhum partido há essa “pureza” pregada pelos falsos vestais, visto que a corrupção expressa uma relação que se encontra no seio da sociedade, afinal de contas corruptores e corruptos não nascem dentro do Estado.  Há corruptos até nas Igrejas, o que dirá nos partidos.

Esse processo eleitoral tem revelado a face mais hipócrita dos falsos moralistas e uma sociedade que convive alegremente com a corrupção, já que elegem os mesmos representantes “contaminados” por esse “vírus”, e que, talvez como forma de auto-penitência, vocifera contra a corrupção.

E la vida vá.

domingo, 14 de setembro de 2014

A 'PERSEGUIDA", O CAMALEÃO E A REPIMBOCA DA PARAFUSETA

 Pobre Marina Silva. Enquanto na sua propaganda lamenta que só tenha 2 minutos, mas que se orgulha disso porque "não fez acordo com os velhos"; que se diz "pronta para acabar com a dicotomia PT-PSDB que governa o país desde 1994", sendo que até 2009, ela fazia parte desse "jogo dicotômico", agora é a "perseguida".

Já reclamou, chorou, recebeu o apoio da Veja e provavelmente toda horda a serviço desse povo camaleônico, se porá a choromingar nas redes sociais em defesa da "perseguida".

Marina, em determinado momento, ficou arrogante, com seu fulminante aparecimento e a destruição da candidatura tucana de Aécio Neves e o pretenso fim do "lulismo bolivariano", que ela mesmo chamou em fins do ano passado, apagando o fato de que passou SEIS ANOS a serviço desse "governo bolivariano".

Maria, apareceu como o "novo", e logo velhas e novas estrelas se curvaram ao seu encanto. Figuras "nobres" como Lobão, Roger, Bolsonaro, mas também realmente nobres, embora decrépitas, como a "velha" Caetano Veloso e até Gilberto Gil.

Marina enfeitiçou a parte mais asquerosa da classe média, aquela formada por funcionários públicos abastados, os puxa-sacos de plantão dos clãs, as "viúvas de Lula", os preconceituosos e até os de boa fé mas com pouca inteligência. O "novo" era um reluzente NÃO a tudo que estamos SENTINDO mas não VIVENCIANDO.

Marina era esse "novo". Mas quando sua face foi exposta e mostrou, tal qual o retrato de Dorian Gray, deformada e bizarra, pois seu "exército" de apoiadores contém não apenas as mesmas figuras que brindaram esse país com o neoliberalismo, mas também nada menos do que um BANCO PRIVADO como seu tutor, a imagem não era nada bonita. Realmente isso é NOVO. O Itaú passou a ser o braço direito de Marina.

Depois questionou-se o estilo camaleônico de Marina, que, tal qual o vento, muda de lado e de opinião, ao sabor dos seus interesses. Antiga militante da Pastoral da Terra, um movimento católico progressista dos anos 80, tornou-se uma fundamentalista reacionária, aliando-se a pastores que representam o lado mais primitivo do movimento evangélico brasileiro, trazendo para a linha de frente, debates que nada tem a ver com o Estado laico. Marina trouxe o fundamentalismo religioso para dentro do embate político. ISSO É REALMENTE NOVO.
O camaleão e Marina : o mimetismo político em nova roupagem

Afora essas novidades, regressivas e reacionárias, Marina segue o "padrão" que ela mesma condena. Sua aliança com o ex-comunista (sic) e reacionário de hoje, Roberto Freire; a crescente simpatia de José Agripino, o decadente lider do DEM local; de setores oportunistas do PSDB, que já "cristianizaram" a candidatura de Aécio.

Marina encanta pelo seu palavreado que alcança os setores "politizados" da classe média, facilmente dobrados pela velha encenação da "repimboca da parafuseta", quando um mecânico desonesto, diante de uma pessoa que nada entendia de carros, apresentava esse "grave problema" para enrolar o incauto.

Marina é o novo sim. Conseguiu, num mesmo personagem, ser uma mutação ambulante, um reservatório das velhas e ultrapassadas ideias neiliberais e enrolar os setores da classe média, sempre a procura de um "redentor" para atender às suas preces de se tornar "rico um dia".

O atraso sob o manto do novo é a uma das formas mais antigas de enganar o eleitorado. E o choro de Marina soa como ela : falso.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

PETROBRÁS : A GRANDE VÍTIMA DE UMA OPOSIÇÃO SEM PROPOSTA

Essa semana a “revista informativa” chamada Veja, sabe-se lá como, teve acesso ao depoimento, que deveria ser sigiloso, feito à Polícia Federal, de Paulo Roberto Costa, sobre um suposto pagamento de propina a vários políticos, de vários partidos.
Aécio e Marina, que tentam desbancar Dilma da insistente liderança na intenção de votos no primeiro turno. Já “compraram” o discurso da Veja, e passaram a hostilizar o governo por ter se apropriado da empresa para “comprar” políticos.
O uso eleitoral da Petrobrás, sem nenhum escrúpulo, por parte da oposição, não é novidade e nem surpresa, mas a nuvem de fumaça que a própria oposição lança sobre as denúncias, evidencia, no mínimo, desonestidade vinda tanto da Veja, que já se tornou um centro irradiador de mentiras, como da oposição, cúmplice dessa ação.


A Petrobrás S/A é uma EMPRESA ESTATAL, ou seja, não está submetida às regras das petroleiras do setor privado, embora como seja uma empresa de capital aberto, que precisa estar em boas condições de competitividade no mercado internacional, precisa estar constantemente renovando seu potencial tecnológico.
Desde 1994, marco zero do ataque dos liberais e neoliberais a essa estatal, que a Petrobrás tornou-se o nó na garganta dos conservadores, que desejam ardentemente pôr as mãos nesse gigante. Das tentativas de privatização feitas por FHC, inclusive com a proposta de uma Petrobrax, até as recentes denúncias de que a empresa transformou-se numa “quadrilha”, essa empresa tem sofrido ataques sistemáticos.
E quais são criticas?
1) Os problemas com a defasagem de preços dos combustíveis, o que faria com que o lucro da empresa caísse.
2) Aumento do endividamento, tornando a empresa frágil na Bolsa de Valores.
3) Queda no lucro líquido, gerando perda de investimentos.
4) Produção andando de lado, causando perda de competitividade.
5) Transformação da Petrobrás em uma “quadrilha petista”.
Os cinco questionamentos são tão frágeis que só uma pessoa de má vontade aceitaria tais críticas, senão vejamos:
Com relação à primeira crítica, entre 2012 a 2014, ocorreram nada menos que 10 reajustes de preço forma feitos: quatro no preço da gasolina e seis no preço do diesel que totalizaram, respectivamente, 19,5% e 31,8%.
Com relação à segunda crítica a Petrobrás, desde 2012, investiu R$ 230 bilhões, enquanto o endividamento líquido aumentou R$ 138 bilhões. As reservas de petróleo, produção de óleo, bem como o mercado de derivados cresceram mais do que as grandes empresas de petróleo (ExxonMobil, Chevron, Shell e BP).
Com relação à terceira crítica, os dados comprovam que a produção de petróleo acumula seis meses de crescimento contínuo, de 9,5% só em 2014. Já a produção de petróleo operada pela Petrobras (incluindo parceiros) oriunda do pré-sal superou o patamar de 500 mil barris por dia em 24 de junho, com 25 poços produtores e apenas oito anos após sua descoberta.
A quarta crítica mostra-se sem cabimento já que em 2012, a Petrobras criou o PROCOP: Programa de Otimização de Custos Operacionais. Esse programa já trouxe economia total de R$ 11,5 bilhões, sendo R$ 6,6 bilhões em 2013 e R$ 4,9 bilhões somente no primeiro semestre de 2014.
A última crítica é meramente eleitoreira e sequer mereceria ser respondida, mas cito que há duas Comissões Especiais de Inquérito em andamento, tanto no Senado, como na Câmara Federal.
É de se perguntar qual seria o propósito da Petrobrás em “comprar” esses políticos, visto que suas operações de risco são feitas no mercado e os políticos não teriam como interferir na sua política, restando aos gestores a possibilidade de serem ser “seduzidos” por esses elementos, criando essa rede de corrupção.
Mas, é bom, em nome da racionalidade, separar uma gestão de um diretor de uma política de uma empresa como a Petrobrás. Enfim, a oposição tenta, de novo, utilizar a maior empresa do Brasil para chegar ao poder.

Por Wellington Duarte. Tecnologia do Blogger.

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